sábado, 15 de fevereiro de 2014

Serviço Educativo (2b):
Workshop «O pipi aspirador» — técnicas

A parte (a) deste workshop serviu para entrarmos devagar na coisa. Está na hora de entrarmos de chofre e a fundo.


O que se faz?

Contraia os músculos vaginais e do períneo (como quando se está aflita para urinar).


Como se faz?

Existem muitas possibilidades:

  1. Talvez a mais eficaz — Deite-se de costas no chão, perto de um sofá, de uma cama, de um espaldar, um “móvel” que sirva de apoio fixo, que não arraste. Coloque os pés no bordo do apoio, flicta um pouco os joelhos e levante bastante a anca, desça um pouco (ou quase até ao chão, se conseguir, mas sem o tocar), sempre a contrair os músculos vaginais e perineais. A contrair com bastante força. Repita quantas vezes puder. Descanse um pouco e volte a repetir. São recomendáveis séries de vinte levantes, mas pode começar por menos.

  2. De pé, abra um pouco as pernas, ponha as mãos na anca para ter mais equilíbrio, balance a anca para a frente e para trás, como se estivesse a foder. Enquanto faz esse movimento, concentre-se na zona pélvica e contraia os músculos em questão. Repita várias vezes.

  3. De manhã, ao acordar, ainda deitada, abra um pouco as pernas e contraia, contraia com toda a força que puder e durante o tempo que for capaz. Repita quanto puder.

  4. Torne útil o seu tempo ao volante, nas salas de espera, nas reuniões improfícuas e longas. Sentada, contraia os tais músculos. Não precisa de se preocupar com a contagem, vá fazendo.

  5. Se lhe for difícil individualizar mentalmente estes músculos, introduza, nua, um objecto na vagina e aperte-o. Pode ser um vibrador, um simples lápis, um tampão, ou umas bolas que há nos sexshops. O importante é apertar o objecto o máximo que puder até, de pé, o conseguir segurar só com esses músculos.


Vantagens:

  1. Saúde do aparelho urinário — Previne a incontinência, situação que aflige muitas mulheres relativamente cedo. [Conforme já disse na parte (a), Méssaline conhece casos de cinquentonas incontinentes que muito beneficiaram com a aprendizagem destas técnicas.]

  2. Saúde do aparelho reprodutor — Previne o prolapso uterino, descida do útero para o exterior. Acontece, sobretudo a mulheres que tiveram partos não assistidos. É um problema sério.

  3. Desempenho sexual — Estes músculos bem tonificados são mais irrigados, mais sensíveis e mais controláveis.

 

Estes exercícios são medicamente conhecidos por exercícios Kegel, em homenagem a quem os estudou. (Sigam o link — texto em inglês — e leiam com atenção. Verifiquem os benefícios femininos e também os masculinos.)


Adenda (20/02): Por indicação de um estimado leitor da Boîte, aqui fica o link para um artigo na Wikipédia lusófona sobre o «pompoarismo» (termo que Méssaline desconhecia), conjunto de técnicas sexuais orientais que tiram partido dos exercícios Kegel.

[Na parte (c) deste workshop veremos, precisamente, como utilizar as técnicas antes vistas para melhorar o desempenho (logo, o prazer) sexual.]

3 comentários :

  1. O workshop conclui amanhã, segunda-feira, depois do almoço

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  2. Respostas
    1. Comigo funcionam às mil maravilhas — não é simplesmente de «ouvir dizer».
      E, como disse, com algumas mulheres a quem ensinei/recomendei as técnicas, também funcionam bastante bem, apesar da iniciação tardia.

      Se não funcionarem com alguém, suponho que seja como em muitas outras coisas no ensino: não tanto pela dificuldade inerente da matéria, ou de incapacidade de facto, mas por falta de empenho dos (neste caso, das) aprendentes...

      (Admito, no entanto, que há certas características físicas da mulher que podem potenciar ou diminuir a eficácia das técnicas no que toca à potenciação do prazer sexual, mas com empenho algum efeito positivo haverá sempre, e não despiciendo. Mas isso ficará talvez para outro Serviço Educativo...)

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