sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Paus

Paus que roçarem glandes pela minha cona em ouro...
Vindo-se, longínquos, sobre Outros Seios... Enrijece o louro
Fauno na tusa do poente... Corre um frio carnal por minh’alma...
Tão sempre a mesma, a Tusa!... Baloiçar de peitos ao sabor da alma...
Silêncio que as follas extinguem em nós... Outono deleitado
Do encanto de verga ávida... Azul esquecido em enrabado...
Oh que tenso grito de ânsia em mim explode!
Que espasmo em mim anseia por outra piça que a que me fode!
Estendo as mãos para alguém, mas ao estendê-las já vejo
Que não é aquilo que quero aquilo que desejo...
Caralhos de Imperfeição... Ó tanta ambiguidade
A tora expulsa de mim-Tempo!... Onda de recuo que invade
O meu abandonar-me a mim própria até desfalecer,
E recordar tanto o Tu presente que me sinto esquecer!...
Fluido de auréola, tumescente de Foi, oco de vir-se...
O Mistério sabe-me a eu ter outro... Luar sobre o não conter-me...
A vizinhança é hirta — a tusa que alivia à mão
É mais minha do que dela... Pra que é tudo isto?... Foda-mão...
Mineteiros de despropósito lambendo de Honra os Aléns!
Passantes fechando os olhos ao espaço em que são eros de erro...
Fanfarras de orgasmos de silêncios futuros... Longe vens...
Colhões vistos longe... através das árvores... tão de ferro!...

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