segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Messaliníada, I, 1–3

A cona e os lábios bem ’sporrados,
Que, na acidental cama Lusitana,
Caralhos nunca tão fundo ’spetados
Levaram ainda além da Rabadana,
E com falos e pénis bem brochados,
Mais do que prometia a força humana,
Entre gente remota alcançaram
Novo Orgasmo, que tanto sublimaram;

E também as memórias lubricosas
De Méssaline, a que foi dilatando
O cu bem enrabado, e piças viciosas
De África e de Ásia andou mui bem felando:
Aquela, que por fodas valerosas
Se vai de leis mais castas libertando;
Cantando espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.

Cessem do lúbrico Bond e de Pã
As esporranças grandes que fizeram;
Cale-se de Casanova e de Don Juan
A fama das trancadas mil que deram;
Que eu canto o pito ilustre Lusitano,
A quem Príapo e Patife obedeceram:
Cesse tudo o que a Tusa antiga canta,
Que outro ardor mais alto se alevanta.

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